quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Urna eletrônica é violada na Índia. E aqui?

"Enquanto informa pouco sobre a necessidade de dois documentos para poder votar na próxima eleição, o TSE esquece dos problemas de segurança da urna eletrônica, que assegura serem inexistentes.

Mas agora um grupo de pesquisadores quebrou em mais de uma forma a segurança da urna eletrônica indiana, muito semelhante à brasileira, provando sua violabilidade.

E a polícia indiana, indignada com a prova da fragilidade de sua urna eleitoral, tenta prender o ativista Hari Prasad, que atuou junto a pesquisadores da universidade de Princeton para mostrar que a urna era violável.

Na coluna “Dia a dia, bit a bit”, no Terra Magazine, Silvio Meira, que sempre questionou a segurança das urnas brasileiras, consultou um integrante do Comitê Multidisciplinar Independente, que fez um relatório sobre o processo eleitoral brasileiro.

O engenheiro Amílcar Brunazo Filho, 60 anos, perito em urnas eletrônicas, respondeu à consulta com um texto de pureza cristalina, que merece leitura integral.

Destaco aqui alguns dados fundamentais.

As urnas eletrônicas do Brasil e da Índia são as únicas de primeira geração ainda usadas em larga escala. Esses equipamentos não atendem ao “Princípio da Independência do Sotware em Sistemas Eleitorais”, o que significa que não permitem uma conferência da apuração de forma independente do próprio software das urnas.

Equipamentos de segunda e terceira geração possibilitam uma conferência da apuração totalmente independente do próprio software das urnas.

As autoridades eleitorais da Índia e do Brasil garantem que seus equipamentos são 100% seguros.Tanto na Índia, quanto no Brasil, convocaram supostos hackers para testar as urnas, mas como as condições eram restritivas lá e aqui só foram funcionários públicos, não houve sucesso.

Com gente capacitada, como os pesquisadores de Princeton, a urna indiana foi violada de diversas formas.

O engenheiro Brunazo diz “ter certeza que as urnas brasileiras também não resistiriam a um ataque realizado por gente capaz.”"

Por EDU DALLARTE

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