Divida do Brasil com o FMI: a farsa de sua quitacao - Flavio Morgenstern
Quando a operação de "quitação" da dívida do Brasil foi anunciada, a grandes golpes de publicidade, por um governo que basicamente vive de publicidade enganosa, eu alertei diversos interlocutores, todos os meus alunos (em minhas aulas de Economia Política) e devo inclusive ter escrito algo a respeito (tenho de buscar), a respeito da grande embromação então em curso, afirmando inclusive que se tratava de uma operação danosa, prejudicial ao Brasil, custosa para todos nós, e cada um de vocês que me lêem, pois se tratava, simplesmente, para fins puramente demagógicos, de trocar uma dívida barata, a com o FMI, por uma dívida cara, aquela que contratamos nos mercados comerciais.
Volto a reafirmar, e me assusta que os jornalistas não tenham chamado a atenção para o fato -- claro, falar mal do FMI virou esporte nacional há muito tempo -- que a operação toda foi uma fraude, pois redundou em que o Brasil "se livrou" (como gostam de afirmar os ingênuos ou de má-fé) de uma dívida remunerada a juros camaradas para assumir compromissos remunerados a juros de banqueiros (vocês sabem o que eu quero dizer).
A farsa da quitação da dívida externa
Flavio Morgenstern
Instituto Millenium
Um exemplo recente foi a suposta quitação da dívida externa brasileira com o FMI. Ao citar uma sigla que causa arrepios até em brasileiros cultos (que nem por isso são versados no “economês”), foi fácil para o governo pintar-se em tons de competência que beiram a mágica, ao passo que, na verdade, praticava uma destruição prejudicial a todos os brasileiros, que não viram seu dinheiro ser vaporizado.
http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/08/divida-do-brasil-com-o-fmi-farsa-de-sua.html
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