Para parcela significativa dos universitários norte-americanos, astrologia e numerologia são confundidas como ciências. Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
Após ouvir cerca de 10.000 alunos de graduação nos EUA, pesquisadores descobriram que só 35% discordavam da idéia de que ETs teriam construído monumentos como as pirâmides do Egito.
Após ouvir cerca de 10.000 alunos de graduação nos EUA, pesquisadores descobriram que só 35% discordavam da idéia de que ETs teriam construído monumentos como as pirâmides do Egito.
Poucos se manifestaram contra outras teses sem base, como o suposto status de ciência da astrologia (não confundir com a astronomia) e a idéia de que existem números da sorte - 22% e 40%, respectivamente.
Além disso, mais de 40% disseram que antibióticos matam tanto vírus quanto bactérias - na verdade, só as bactérias são vulneráveis a esse tipo de medicamento.
Para o autor do estudo americano, astrônomo Chris Impey, os números refletem um problema do país: os alunos de ensino médio não precisam fazer cursos de ciência. A maioria estuda biologia, mas menos de metade tem aulas de química e só um quarto estuda física. "Preocupante", diz Impey, "é que o pior desempenho foi justamente o dos alunos de cursos na área da educação". Tal analfabetismo, segundo o pesquisador, não deixa de ser um problema político: "Esses conhecimentos são importantes para avaliar posições políticas sobre mudança climática ou células-tronco, para citar somente dois exemplos".
"O ensino médio americano é forte em história, conhecimentos gerais, esportes, computação, mas bastante fraco mesmo em ciências", diz Renato Sabbatini, biomédico e educador da Unicamp. "Mas as perguntas que fizeram são hiperelementares, um adolescente minimamente informado que assista televisão saberia responder." Não há números parecidos que indiquem qual a realidade brasileira.
Para o autor do estudo americano, astrônomo Chris Impey, os números refletem um problema do país: os alunos de ensino médio não precisam fazer cursos de ciência. A maioria estuda biologia, mas menos de metade tem aulas de química e só um quarto estuda física. "Preocupante", diz Impey, "é que o pior desempenho foi justamente o dos alunos de cursos na área da educação". Tal analfabetismo, segundo o pesquisador, não deixa de ser um problema político: "Esses conhecimentos são importantes para avaliar posições políticas sobre mudança climática ou células-tronco, para citar somente dois exemplos".
"O ensino médio americano é forte em história, conhecimentos gerais, esportes, computação, mas bastante fraco mesmo em ciências", diz Renato Sabbatini, biomédico e educador da Unicamp. "Mas as perguntas que fizeram são hiperelementares, um adolescente minimamente informado que assista televisão saberia responder." Não há números parecidos que indiquem qual a realidade brasileira.
Embora aulas de ciência sejam obrigatórias no ensino médio por aqui, a baixa qualidade não garante muita coisa. "Conspirando contra a compreensão científica no país", diz Sabbatini, "há o fato de que cerca de 70% dos brasileiros só conseguem ler textos curtos e tirar informações esparsas deles. Têm letramento insuficiente. É impossível serem bem informados sobre a ciência moderna."
http://www.ufo.com.br/noticias/analfabetismo-cientifico-preocupa-norte-americanos
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