"...eram negros como azeviche, "mais negros que o carvão", presumivelmente compostos de "material rico em carbono, um tipo de piche primordial varrido do espaço exterior" (a ênfase é minha).
Esses anéis escuros, deformados, inclinados e "estranhamente elípticos" eram muito diferentes dos braceletes simétricos de partículas de gelo que circundam Saturno.
Negras como azeviche também eram seis das luazinhas descobertas em Urano, algumas das quais atuam como "pastoras" dos anéis.
A conclusão óbvia foi de que os anéis e as luazinhas foram constituídos com os mesmos fragmentos de "um abalo violento ocorrido no passado de Urano".
O cientista Ellis Miner, assistente do projeto do JPL, declarou em palavras mais simples:
"Uma possibilidade plausível é a de que um intruso tenha chegado de fora do sistema de Urano e colidido numa lua antes maior, com força suficiente para parti-la"."
"Baseada nos dados precedentes,
a probabilidade de uma colisão celeste surgiu como a única resposta plausível.
"Precisamos levar em conta a grande possibilidade de que as condições de formação dos satélites tenham sido afetadas pelo evento que criou a grande ubiqüidade de Urano",
declarou a equipe de quarenta cientistas.
Em palavras mais simples, isso significa que, provavelmente, essas luas foram criadas como resultado de uma colisão que virou Urano de lado.
Nas entrevistas à imprensa, os cientistas da NASA foram mais audaciosos.
"Uma colisão com algo do tamanho da Terra, viajando a mais de 60 mil quilómetros por hora, poderia ter causado isso", declararam, sugerindo que provavelmente isso aconteceu há cerca de 4 bilhões de anos."
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