quarta-feira, 15 de setembro de 2010

As urnas que o governo NÃO QUER TROCAR são inseguras

II - A VULNERABILIDADE e inconfiabilidade da URNA QUE O GOVERNO NÃO QUER TROCAR

"A urna eletrônica usada nas eleições do Brasil é um aparato informatizado semelhante a um micro. É programável, ou seja, movida por um software criado por seres humanos e alterável de acordo com as exigências de cada pleito.

Por ser programável pode sofrer a ação de maliciosos que queiram alterar resultados em seus interesses
.
Pode também desvendar nosso voto (o número do título é digitado na urna) e sofrer ação de comandos intencionais colocados para modificar o direcionamento do voto com mais facilidade do que um micro recebe vírus via Internet.


Há várias formas de se fazer isto.

Por exemplo: é possível introduzir um comando que a cada cinco votos desvie um para determinado candidato mesmo que o eleitor tenha teclado o número de outro. Talvez eventuais alterações maliciosas sejam possíveis de serem detectadas a posteriori.
Mas descobrir a fraude depois de ocorrida não adianta. O importante é prevenir.


A preocupação com a vulnerabilidade da urna eletrônica é antiga. Pode ser acompanhada no site Voto Seguro,
www.votoseguro.org mantido por técnicos especializados, engenheiros, professores e advogados que defendem que a urna eletrônica virtual – que não registra em apartado o voto do eleitor e que será usada nas próximas eleições – admite uma vasta gama de possibilidades de invasões, sendo definitivamente insegura e vulnerável.

Recentemente o engenheiro Amílcar Brunazo Filho (especialista de dados em computador) e a advogada Maria Aparecida Cortiz (procuradora de partidos políticos) lançaram o livro Fraudes e Defesas no Voto Eletrônico (capa acima), pela All Print Editora, no mínimo inquietante.

O voto é invisível e, como diz o lema do Voto Seguro: “Eu sei em quem votei, eles também, mas só eles sabem quem recebeu meu voto, de autoria do engenheiro e professor Walter Del Picchia, titular da Escola Politécnica da USP.
O livro detalha a adaptação criativa de fraudes anteriores, como o voto de cabresto e a compra de votos, e outros meios mais sofisticados, como clonagem e adulteração dos programas, o engravidamento da urna e outros.

Além das fraudes na eleição, são possíveis fraudes na apuração e na totalização do votos.

O livro demonstra que a zerésima – um neologismo para a listagem emitida pela urna antes da votação e na qual constam os nomes dos candidatos com o número zero ao lado, indicando que nenhum deles recebeu ainda votos, na qual repousa a garantia de invulnerabilidade defendida pelo TSE -, ela própria pode ser uma burla porque é possível se imprimir qualquer coisa, como o número zero ao lado do nome do candidato, e ainda assim haver votos guardados na memória do computador (página 27).

O livro não lança acusações levianas. Explica como as fraudes podem ocorrer e ao mesmo tempo apresenta soluções, ao menos parciais, como o uso da Urna Eletrônica Real - que imprime e recolhe os votos dos eleitores em compartimento próprio, como era no início - ao contrário da urna eminentemente virtual, que não deixa possibilidade de posterior conferência."

http://mirnacavalcanti.wordpress.com/2010/09/07/as-urnas-que-o-governo-nao-quer-trocar-sao-inseguras/

http://dellandrea.zip. publicado no blog http://paulocastelani.spaces.live.com/




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