Quanto à estratégia para a ciberguerra dos EUA, podemos supor que está em consonância com o conceito geral da ofensiva militar global dos EUA.
William Lynn III em seu artigo “A Ciberestrategia do Pentágono”, publicado na revista Foreign Affairs (setembro / outubro de 2010), expõe cinco princípios básicos da estratégia de guerra do futuro:
- O Ciberespaço deve ser reconhecido como um terroritório de domínio igual à guerra por terra, mar e ar;
- Qualquer postura defensiva deve ir para além “da boa preparação ou higiene” e incluir operações sofisticadas e precisas que permitam uma resposta rápida;
- A Defesa Ciberespacial deve ir para além do mundo das redes militares -os .mil- do Departamento de Defesa, para chegar até as redes comerciais, que também se subordinam ao conceito de Segurança Nacional;
- A estratégia de Defesa Ciberespacial deve levar-se a cabo com os aliados internacionais para uma efetiva política “de advertência compartilhada” ante as ameaças, e
- O Departamento de Defesa deve contribuir para a manutenção e aproveitar o domínio tecnológico dos Estados Unidos para melhorar o processo de aquisições e manter-se actualizado com a velocidade e a agilidade da indústria da tecnologia da informação. (4)
Ao comentar este artigo os analistas assinalam que “as capacidades que se buscam permitirão aos ciber-guerreiros dos EUA enganarem, negarem, interromperem, degradarem e destruirem a informação e os computadores em todo o mundo” (5).
O general Keith Alexander, chefe do novo super Cibercomando do Pentágono (ARFORCYBER), afirmou: “Temos que ter capacidade ofensiva, o que significa que, em tempo real, seremos capazes de aniquilar a qualquer que trate de nos atacar”.
Keith Alexander comparou os ataques cibernéticos com as armas de destruição em massa e de acordo com suas recentes declarações, os EUA têm previsto a aplicação ofensiva deste novo conceito de guerra.
Enquanto Washington acusa outros países de ajudar ou patrocinar o terrorismo cibernético (as estatísticas oficiais norte-americanas acusam a China da maioria dos ataques informáticos contra os sistemas de EUA), as forças especiais de Estados Unidos empregam-se a fundo na formação do novo pessoal para as guerras cibernéticas.
O comando – formado por 1 000 hackers de elite e espiões militares subordinados a um general de quatro estrelas – é o eixo da nova estratégia do Pentágono e espera-se que seja plenamente operativa o 1 de outubro, segundo The Washington Post (6)."
http://paisdaelitenews.wordpress.com/2010/09/08/eua-prepara-se-para-atacar-o-mundo-na-internet/
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