domingo, 7 de novembro de 2010

A META É ESPIRITUAL



"Na Grécia e na índia antigas e no tradicional Japão, a arte do manejo do arco era uma importante disciplina psicológica e espiritual. 
 O aluno desenvolvia a paciência e a presença de espírito, mas, mais do que isso, ele(a) aprendia a fluir com a ação 
- o processo de liberar a flecha na direção do alvo. 

No movimento de liberar a flecha, a mente e o corpo do arqueiro formavam uma unidade com o arco, a flecha, o movimento e o alvo. 

Nos tempos antigos, portanto, a mestria da arte do manejo do arco era um tipo de autodomínio. 

O herdeiro ao trono que era também o vencedor da competição de arcos, o Mestre, era considerado digno de presidir o reino.  

Arjuna, no épico hindu, o Mahabharata, e Ulisses, na Odisseia grega, eram dois reis arqueiros desse quilate. 
Mesmo nos dias atuais, Eugen Herrigel, autor de Zen and the Ari ofArchery, passou quatro anos no Japão neste caminho rumo ao autodomínio. 

Os anos que Herrigel permaneceu no Japão lhe possibilitaram a compreensão da doutrina sagrada da arte do manejo do arco, experiência essa partilhada por um número bem reduzido de ocidentais privilegiados. 

Uma citação de seu Mestre zen lança luz sobre a técnica:
                                                                                                                                                  '(
"Suas flechas não atingem o alvo porque não percorrem grandes distâncias espiritualmente. 
Você deve agir como se o alvo estivesse a uma distância infinita. 
Para os mestres-arqueiros, é fato comprovado pela experiência quotidiana que um bom arqueiro, com um arco de potência média, é capaz de um tiro mais longo do que um outro que, apesar de manejar um arco mais potente, é desprovido de espiritualidade. 
Portanto, o tiro não depende do arco, mas da presença de espírito, da vitalidade e da atenção com que você dispara."
Arquétipos do Zodíaco
Kathleen Burt

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