sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Superbactéria expõe falta de vigilância, alerta pesquisadora

 

Atribuir a resistência apenas ao uso incorreto ou abuso de antibióticos é simplista, afirma Ana Cristina Gales, da Unifesp

O aumento de casos de infecção hospitalar provocada pela superbactéria KPC no Brasil reforça a necessidade de melhorar o sistema de vigilância de resistência bacteriana e de discutir as formas de prevenção, diz Ana Cristina Gales, professora de infectologia da Universidade Federal de São Paulo. "Muitos hospitais não sabem como e para quem mandar amostras", alerta.

Ela considera simplista a versão que atribui a resistência bacteriana apenas ao abuso de antibióticos. "As razões que levam uma bactéria a driblar a ação dos antibióticos não são totalmente conhecidas. O abuso do medicamento pode interferir, mas não é o único fator", diz. "Antibióticos são levados para o ambiente de diversas formas. Isso também tem de ser analisado."

Uma das formas de bactérias do meio ambiente terem contato com antibióticos é por meio de dejetos de esgotos de hospitais e da produção da indústria. Outro ponto relevante é o uso dos medicamentos na agricultura e no tratamento de animais. 

Suspeitas. Até anteontem haviam sido registrados no Distrito Federal 187 casos suspeitos de infecção pela superbactéria. Na capital paulista, ela foi identificada no Hospital das Clínicas e no Hospital Heliópolis (mais informações nesta página). A Unifesp confirmou que amostras de Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Bahia, São Paulo, Rio e Rio Grande do Sul eram de KPC.

Técnicos sabem que pacientes de outras partes do País foram infectados, mas os casos não foram comunicados à Anvisa. Para reduzir essa lacuna de informação, será discutido na Anvisa um Plano Nacional de Microagentes Multirresistentes. O documento prevê que a comunicação das infecções multirresistentes às autoridades sanitárias passe a ser obrigatória.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101014/not_imp624453,0.php

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Um dos problemas que os médicos sempre têm é em relação aos medicamentos. Atualmente temos mais de 11 mil apresentações de produtos, que torna a tarefa de prescrever um tormento para médicos e pacientes. Para os médicos é difícil lembrar dos nomes de produtos, suas apresentações e complicações, para os pacientes é difícil entender a letra do médico e entender a prescrição. Em estudo recente, 10% das receitas contém erros, e mais de 40% dos pacientes não entendeu o que foi prescrito e orientado.

    Para este problema, médicos formados na UNIFESP e USP desenvolveram um Portal de Serviços Médicos chamado PORTAL SAÚDE DIRETA(www.saudedireta.com.br). Este portal tem um Prontuário Eletrônico de Pacientes, de uso livre e gratuito para os médicos. Nele o médico encontrará poderosas ferramentas prescricionais, como um completo banco de dados de medicamentos, uma ferramenta de análise automática de interações de medicamentos on line, em português, que funciona ato da prescrição, e ainda a possibilidade de imprimir as receitas. O Portal é totalmente web, gratuito, rápido e seguro.

    Att

    Dr Paulo Freire
    Médico Coordenador do Portal Saúde Direta
    www.saudedireta.com.br

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  3. Dr Paulo Freire, agradeço a visita e o comentário. Lembro-me de que qdo criança, me chamavam para decifrar receitas, eu tinha "o dom" de traduzir os garranchos médicos...rs.
    Que bom que hj existe esse Portal Saúde Direta e que tenha compartilhado conosco.
    Att
    Júnia

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  4. Um dos comentários do Dr Paulo foi excluído por ser igual ao outro.

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