"Essa é uma maneira de interpretar o Graal, e é dessa interpretação que mais gosto.
No Parsifal, de Wolfram von Eschenbach, o Graal não é uma taça: é uma pedra.
O poema de Eschenbach foi a primeira representação desse mito na literatura ocidental; os romances mais conhecidos de Chrêtien de Troyes vieram depois, e o Graal tornou-se cristianizado na taça da qual Cristo bebeu na Última Ceia.
Mas no início, tratava-se de uma pedra, e muitos dos temas relativos ao Graal podem ser encontrados nos escritos alquímicos.
A busca pelo Graal é uma busca interior, uma metáfora paralela à da opus alquímica; e a pedra é o nosso próprio self que, segundo a alquimia, não pode encontrar belos lugares sem dor, mas somente no monturo da prima matéria."
LIZ GREENE
A Dinâmica do Inconsciente
Nenhum comentário:
Postar um comentário