sábado, 23 de outubro de 2010

"A Pedra Filosofal é a mesma coisa que o Graal?"

"Essa é uma maneira de interpretar o Graal, e é dessa interpretação que mais gosto. 

No Parsifal, de Wolfram von Eschenbach, o Graal não é uma taça: é uma pedra. 

O poema de Eschenbach foi a primeira representação desse mito na literatura ocidental; os romances mais conhecidos de Chrêtien de Troyes vie­ram depois, e o Graal tornou-se cristianizado na taça da qual Cristo bebeu na Última Ceia. 

Mas no início, tratava-se de uma pedra, e muitos dos temas relati­vos ao Graal podem ser encontrados nos escritos alquímicos. 

A busca pelo Graal é uma busca interior, uma metáfora paralela à da opus alquímica; e a pedra é o nosso próprio self que, segundo a alquimia, não pode encontrar belos lugares sem dor, mas somente no monturo da prima matéria."


LIZ GREENE
A Dinâmica do Inconsciente
Seminários sobre astrologia psicológica 

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