Manifestações tiveram tamanho recorde, e até o governo teve de reconhecer o crescimento. Forte participação estudantil. Ferroviários e transportes de Paris continuam em greve. Nova mobilização dia 16.
A intersindical que coordena as mobilizações contra o aumento de idade da reforma avaliou que saíram às ruas de toda a França 3,5 milhões de pessoas nesta terça-feira, um número recorde desde que começaram os protestos. O próprio governo, cujo cálculo se ficou por 1,23 milhão, foi forçado a admitir que a mobilização cresceu – calculara 997 mil manifestantes em 23 de Setembro.
O crescimento reflectiu-se nas mobilizações cidade por cidade. Segundo os sindicatos, houve 330 mil pessoas em Paris, 230 mil em Marselha, 145 mil em Toulouse, 95 mil em Nantes. No total, houve 244 manifestações em todo o país.
Um destaque desta jornada foi a participação da juventude estudantil. Segundo a União Nacional dos Estudantes Franceses (Unef), manifestaram-se cerca de 150 mil jovens, dos quais 90 mil do ensino secundário, de 800 liceus.
O primeiro-ministro, François Fillon, acusou “a extrema-esquerda e uma parte do PS” de irresponsabilidade por “pôr jovens de 15 anos na rua”. Fillon reafirmou que o governo não vai recuar.
A greve com maior força foi a dos ferroviários que, segundo a CGT, foi de 53%. Tanto os ferroviários quanto os trabalhadores da RATP (transportes urbanos e suburbanos de Paris) decidiram em assembleias prosseguir em greve esta quarta-feira.
A greve também foi muito seguida nas refinarias de petróleo: das 12 da metrópole, 11 foram afectadas e a paralisação também deve prosseguir.
No aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, 30% dos voos foram cancelados, e em Orly houve 50% de cancelamentos, segundo a Direcção-Geral de Aviação Civil (DGAC).
A intersindical já convocou uma nova jornada de mobilização para sábado 16.
http://www.esquerda.net/artigo/fran%C3%A7-35-milh%C3%B5es-nas-ruas
http://tvnet.sapo.pt/tvnethd/noticias/detalhes.php?id=62140
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