sábado, 28 de agosto de 2010

O Ferreiro








Marte ... Hefaístos/Hefestos/Vulcano/Nergal...

Pela lei da correspondência Marte é ferro, Marte é sangue;Marte o guerreiro, entre outras coisas.


Talvez seja difícil para que a gente imagine a função do ferreiro, que na antiguidade era um Iniciado e assim como o oleiro e o alquimista eram conhecidos como “Os senhores do fogo”.

Um nômade, o minerador/ferreiro, ia aonde tinha o ferro,embora fosse o minerador que tivesse a tarefa de encontra-lo.


Era o respeito com o metal num ciclo que havia sido interrompido, pois o destino de todos os metais, se tiver tempo de amadurecer no ritmo geológico do tempo, será o ouro.

A nobreza do ouro está na sua maturidade.


Tão especial essa tarefa, observada na versão de Campbell Thompson,que traduziu um texto da Mesopotâmia sobre os metalúrgicos da Babilônia,dizia que :

“Quando dispuseres do plano de um forno de mineral (ku-bul),procurarás um dia favorável de um mês favorável,e então disporás o plano do forno.”

A palavra suméria An-Bar é o vocábulo mais antigo que designa o ferro e os antigos trabalham com o ferro meteórico por muito tempo(conhecido desde 2000 a.C.).


O aspecto mágico-religioso difundidos durante a Idade do Metal, antes da atuação industrial do ferro, deu lugar a criação espiritual.

Foi assim com o carro, também simbolizado por Marte, que antes de ser um meio de transporte, era veículo das procissões em rituais.


Durante muito tempo os antigos utilizavam o ferro meteórico antes de usar o ferro terrestre,e por sua essência uraniana/masculina,ele era chamado de “pedras de raio”;tais como o raio e meteoritos,os machados fendiam a terra.


O tratamento do ferro meteórico era diferente do ferro terrestre, sobretudo na fusão do cobre e bronze, e só depois da descoberta do forno e da técnica do “endurecimento” do metal aquecido é que o ferro atingiu sua escala industrial(1200/1000 a.C.); antes não, pois se lidava com o ferro como algo sagrado, posto que ele tinha vindo do céu.


As ferramentas também eram sagradas, o martelo(sucessor do machado), o fole, a bigorna, já que consideravam a arte de fabricar ferramentas algo sobre-humano, de caráter Divino ou Demoníaco.


Com elas eles estilhaçavam, faziam soltar faíscas, transmutavam o metal, dando-lhe forma.


A importância desse metal celeste fazia com que os beduínos do Sinai acreditassem que aquele que conseguisse fabricar sua própria espada se tornaria invulnerável na guerra.


A responsabilidade do ferreiro era transformar o tempo geológico em tempo vital, pois haviam extraído do útero da Terra o ferro, e ele atuava com arte nessa intervenção.


Aos ferreiros eram outorgados poderes de cura, protegidos por espíritos especiais, e tinha até superioridade ao Xamã.


Em muitas tribos africanas, a fusão do metal era tida como sinistra e requeria sacrifícios de vida humana.


Hoje nossa civilização se apartou de tudo isso, subistituímos o ferro pelo alumínio, e desprezamos o Urucum em nossa alimentação, que era parte da dieta dos índios além de protegerem sua pele.


Temos ferro no sangue, temos ferro como imenso cristal no núcleo do planeta.


Júnia Caetano


Um comentário:

  1. Marte é também um espírito velocista, impulsivo, nervoso, rápido demais, muito competitivo, quer vencer sempre e por isso vai arriscar muito na pista para chegar em primeiro e saia da frente dele, pois ele é muito impaciente também, podendo o empurrar para fora da pista. Ora, se marte age assim, então vai estar sujeito a acidentes e morte prematura por falta de equilibrio, respeito e responsabilidade.

    Airton senna era Marte na casa um e foi marte que venceu todas aquelas corridas e que, também, levou a sua vida muito cedo.

    Gean o astrólogo

    ResponderExcluir