A somar-se ao problema está a previsão para as próximas 24 horas de novas chuvas em todas as quatro províncias do Paquistão.
A vaga de inundações, que começou há um mês, veio na sequência de semanas de chuvas da monção, que inundaram centenas de aldeias e mais de 14 por cento da terra cultivável do país. Partes do Paquistão foram descritas como assemelhando-se a um mar interno.
De acordo com a ONU mais de 17 milhões de pessoas foram, até agora afectadas pelas cheias, e cerca de um milhão e duzentas mil casas foram destruídas, deixando sem lar cinco milhões de paquistaneses.
Muitos deles procuraram abrigo em campos de refugiados onde existem abastecimentos de comida e água potável, mas todos os dias continuam a chegar mais pessoas.
Cerca de 255 dos mais de 360 milhões de euros pedidos com urgência pelas Nações Unidas para socorrer as vítimas já foram contribuídos ou prometidos pela comunidade internacional, enquanto que mais 471 milhões de euros foram oferecidos fora do âmbito deste apelo.
As operações de socorro às populações atingidas enfrentam a dificuldade acrescida das recentes ameaças feitas pelos talibã paquistaneses contra o pessoal das agências humanitárias.
Os rebeldes, questionam os motivos das organizações internacionais de ajuda e dizem que a presença de tantos estrangeiros é "intolerável". Ameaçaram por isso atacar as operações de socorro.
Apesar de não ter havido ainda nenhuma acção armada contra as equipas de ajuda, a ONU está a rever as condições de segurança em que trabalham os elementos das equipas de socorro às vítimas da crise humanitária.
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