quarta-feira, 13 de abril de 2011

De 1968-69 a 1974-75: Urano transitando em Libra (fase VII)

Propaganda da TV a cabo em 1973. Com Urano em Libra, ponto intermediário do seu último ciclo de 84 anos, a tecnologia da imagem dá um salto. Em Capricórnio, outro signo cardinal, seria a vez dos microcomputadores.



O pulso do princípio criativo que se inicia em 1928 chega a sua fase de oposição. O ciclo precisa completar-se, enxergar o que até esse momento não era possível para em seguida ser capaz de incluí-lo.

A forma estável adquirida na fase IV (trânsito por Câncer) enfrenta o desafio de saber complementar-se com aquilo que não se tornara visível até o presente.

Como símbolo, os protestos de Maio de 68 na França, com palavras de ordem como “a criatividade no poder” e “sejamos realistas, peçamos o impossível”, expressam a instabilidade da ordem alcançada com De Gaulle como referência da resistência e liberação da França 20 anos antes.

A Guerra do Vietnã, o espírito revolucionário no âmbito político e cultural e a consolidação da China como potência são alguns dos marcos do transbordamento dessa visão de um mundo estruturado em dois blocos, sustentada nos anos da Guerra Fria.

Os movimentos de libertação nacional na África, Oriente Médio e Ásia geram um espaço político novo em nível mundial: os países “não alinhados”.

À luz dos acontecimentos de 2011, ganha relevância o fato de que naqueles anos tenha ocorrido a ascensão ao poder de Muamar Kadafi na Líbia e Anwar Sadat no Egito, mais tarde assassinado e substituído por Hosni Mubarak. Esta imagem de um “Terceiro Mundo” questiona a ordem bipolar em torna da qual a atividade humana se organizou logo depois da Segunda Guerra.


Os "não alinhados" contam, além disso, com uma variável decisiva: são os donos do petróleo, são os que controlam a fonte de energia do mundo tecnológico. Isto provoca um conflito econômico mundial, a chamada “crise do petróleo”, espelho daquela outra grande crise dos anos 30, com Urano transitando em Áries.

A fase libriana refletindo a ariana, o momento de complementação levando a consciência a confrontar a ação inicial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário