AQUI UM EXCERTO DE UMA MATÉRIA MUITO INTERESSANTE SOBRE O CASO LÍBIA...
Um olho no gato e outro no rato,sempre.
Por Angelo D. Nicolaci
(...)
A repressão severa de Kadhafi contra seus opositores tem levantado contra si a opinião mundial, em parte devido ao interesse Europeu de se apossar das riquezas desta nação através da instalação de um governo fantoche, tendo assim controle sobre as reservas essenciais á sua industria e sociedade. Algo muito similar ao que foi perpetrado por Bush no Iraque e Afeganistão sob a alegação de guerra contra o terror e a libertação do Iraque, ao que como resultado vemos o controle da riquezas daquele Estado árabe por gigantes do petróleo dos EUA e seus aliados, enquanto o país segue desestabilizado e com governo fraco e sem expressão, incapaz de manter a ordem dentro do país e assegurar ao povo iraquiano a dita liberdade e desenvolvimento prometidos.
O leitor deve estar se perguntando onde pretendo chegar. Bem o que eu quero demonstrar é a diferença com a qual as questões são tratadas no Oriente Médio e Norte da África, algo que acentua cada dia mais a instabilidade regional. Enquanto governos alinhados aos interesses corporativistas dos EUA e Europa reprimem de forma desproporcional qualquer forma de oposição ao governo, com uso em larga escala de meios militares de maneira a desrespeitar os direitos humanos, causando a morte de muitos inocentes, tem esses fatos suprimidos pela grande mídia e ignorados pelos detentores das cadeiras do conselho de segurança da ONU devido ao interesse próprio em manutenir estes governos fantoches.
Quando nos deparamos com o caso Líbio notamos claramente o apoio internacional a este conflito, claro que com o óbvio objetivo de derrubar o governo para instalar em seu lugar novos fantoches, assim possibilitando o controle maior do mercado do petróleo. Neste conflito é claro o apoio maciço da grande mídia, onde muitas informações nos chegam deturpadas ou são inverídicas, afim de manipular a nossa percepção dos fatos que se desenrolam com aquele conflito civil que tomou aquela nação.
Curiosamente, os "rebeldes" no Iêmen não são referidos como "revolucionários", mas "terroristas": O Departamento de Estado elevou o nível de ameaça de segurança para o país para "extremamente elevado devido a actividades terroristas e distúrbios civis". É interessante que o presidente Ali Abdullah Saleh, o amigo de Washington, prometeu defender o seu Governo contra os rebeldes "com cada gota de sangue", mas ninguém o repreende. Onde estão os direitos humanos? Onde estão os apelos para ele "renunciar"?
É interessante que, na Líbia e para os que governam a Líbia, as coisas são tão completa e totalmente diferentes. Mais interessante foi que as fronteiras a Leste e no Ocidente foram segurados na Tunísia e no Egito antes dos distúrbios eclodirem, fronteiras que permitiram o envio de equipamento e material humano aos “rebeldes”, é interessante que já foram capturadas equipes de forças especiais da OTAN dentro da Líbia, sendo uma da Marinha Holandesa e Forças SAS britânicas infiltrados no território líbio.
O que a mídia esquece de divulgar são os números obtidos na Líbia em relação ao desenvolvimento desta nação. A Líbia possui a maior expectativa de vida no continente africano, que a o governo Líbio distribui as riquezas do petróleo ao povo para combater desta forma a corrupção no governo, aboliu os impostos sobre os alimentos, possui o maior coeficiênte referente ao poder de compra no continente, a menos taxa de mortalidade infantil, a baixa taxa de pobreza, dentre tantos números ignorados pela mídia mundial.
O que ocorre é o claro e velho conceito de “Um peso e duas medidas”, afinal os interesses selvagens do capitalismo neo-liberal devem estar em primeiro lugar sempre, mesmo que para isso tenham que destruir Estados e ceifar centenas de vidas inocentes.
Tirem suas próprias conclusões e deixem aqui sua opinião, pois sua participação é muito importa para nós.
Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
http://brasilnicolaci.blogspot.com/
sexta-feira, 11 de março de 2011
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