Por Paulo R. Poian.
Descobertas ímpares seriam deixadas em segundo plano nas suas divulgações
Pensa-se que a Lua se formou, no início da formação terrestre, quando um planeta do tamanho de Marte colidiu com a Terra. Crédito: Astropt
Algumas pesquisas são divulgadas com alarde excessivo, enquanto outras parecem pecar pela modéstia. Uma bactéria vivendo à base de arsênio e um computador do tamanho da ponta de uma agulha são exemplos claros do primeiro caso, apenas para ficar nos mais recentes, mas agora parece estarmos frente a frente com o caso oposto - muito mais bem-vindo.
A primeira divulgação dos dados científicos do Telescópio Espacial Kepler privilegiou o anúncio de um sistema planetário com seis planetas. Na ocasião, deu-se menos importância para o fato de que os dados revelavam nada menos do que 54 planetas na zona habitável, com potencial para abrigar formas de vida mais parecidas com a nossa e deve haver muitas outras preciosidades mais ao fundo do baú de descobertas impressionantes que o Kepler fez apenas em sua primeira campanha.
O exemplo mais recente chama-se KOI-730 - onde KOI é uma sigla para Kepler Object of Interest, um objeto celeste interessante flagrado pelo telescópio e o fato de este ser o número 730 parece ser mais uma indicação de que ainda há muitas coisas a serem reveladas.
Origem da Lua
O importante é que o KOI-730 parece ter dois planetas na mesma órbita, algo completamente inesperado. Se esta descoberta for confirmada por futuras observações mais detalhadas, ela poderá dar sustentação a uma teoria sobre a origem da nossa Lua. Acredita-se que os planetas se formem pela coalescência de um disco de poeira cósmica que resta ao redor de uma estrela recém-formada.
A teoria não coloca qualquer empecilho a que se formem dois planetas na mesma órbita. Isto pode ser possível graças aos chamados Pontos de Lagrange - o próprio Telescópio Kepler está em um destes. Quando um corpo celeste orbita outro maior - como um planeta ao redor de uma estrela - há dois Pontos de Lagrange ao longo da órbita do planeta, onde um outro corpo pode orbitar a estrela de forma estável.
Esses dois pontos ficam localizados 60º à frente e 60º atrás do planeta. Exatamente o que os dados indicam para o KOI-730, um sistema com quatro planetas, dois dos quais orbitam a estrela a cada 9,8 dias, um exatamente 60º à frente do outro.
Além do ineditismo, a descoberta pode dar sustentação à teoria que tenta explicar o nascimento da Lua. Segundo essa teoria, a Terra teria compartilhado a órbita...
Leia artigo completo e assista animação sobre a formação da Lua, link:
http://www.blogger.com/goog_1470281759
Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira www.ufo.com.br
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