Embora Obama tenha dito que "os assuntos centrais" que dividem as duas partes ainda tenham de ser negociadas, incluindo a questão de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinos, ele falou da frustração pelo fato de os esforços implementados até agora para um acordo terem fracassado.
"A comunidade internacional está cansada de um processo interminável que nunca produz um resultado satisfatório", disse.
O esboço para um acordo de paz israelense-palestino surgiu durante um discurso no Departamento de Estado, na sua primeira resposta abrangente para as revoltas que acontecem no Oriente Médio e Norte da África há seis meses ,e que, para o líder americano, são "um momento de oportunidade".
Para o presidente americano, "um novo capítulo na diplomacia americana" surgiu depois dos levantes, e essa nova política terá como base "promover a reforma e apoiar as transições democráticas".
O discurso foi uma tentativa de articular uma política americana coesa para uma Primavera Árabe que teve uma reviravolta obscura à medida que a euforia das revoluções populares na Tunísia e Egito abriu caminho para repressões violentas no Bahrein e na Síria, para a guerra civil na Líbia e para o impasse político no Iêmen.
O premiê de Israel disse que um retorno de seu país às fronteiras de 1967 representaria um verdadeiro desastre ao Estado judeu.
Na véspera de um encontro que terá com Obama na Casa Branca, Netanyahu classificou as fronteiras de 1967 como "indefensáveis" e disse que um retrocesso como esse poderia colocar em risco a segurança de Israel e fazer com que a maior parte dos assentamentos de colonos israelenses ficassem fora das fronteiras.
Após o discurso de Obama, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, convocou "uma reunião urgente" da direção palestina. Abbas pediu a Israel que dê ao processo de paz a "oportunidade que merece", segundo o assessor Saeb Erekat.
Ao agradecer Obama, o líder palestino também ressaltou seu "compromisso" com o cumprimento das obrigações resultantes dos acordos internacionais, "especialmente o Mapa de Caminho e a iniciativa de paz árabe".
Obama disse que Israel precisa aceitar que nunca poderá ter uma nação pacífica que seja baseada na ocupação permanente.
O pedido do presidente americano para que o Estado palestino tenha como base as fronteiras de 1967, aquelas que existiam antes da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel ocupou Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de Gaza, marca uma mudança significativa na política dos EUA.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/premie+de+israel+diz+que+fronteiras+de+1967+sao+indefensaveis/n1596965333117.html
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