sexta-feira, 27 de maio de 2011

MANOA, O EL DORADO EM NOSSA FLORESTA




"No interior do Brasil, tem sido mencionada, com frequência, uma cidade abandonada desde os primeiros anos que se seguiram à chegada dos portugueses. 




MANOA, nome que lhe dão os nativos, foi procurada por dezenas de exploradores, a partir do século XVI, sendo os mais conhecidos Francisco de Orellana, Cabeza de Vaca e, neste século, o coronel Percy Fawcett."





"Descrita como cidade prodigiosamente rica em ouro, prata, pedras preciosas, etc, Manoa tem sido muitas vezes confundida com a capital dos Chibchas, cultura da Colômbia, onde era realizada, anualmente, a cerimônia de El-Dorado, que consistia em cobrir o líder local com ouro em pó e que terminava com o mergulho deste nas águas do Lago Guatavita."





"Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, seguindo a intuição de Orellana, que de Manoa nada tinha a ver com as cerimônias do Chibchas, conclui que a cidade perdida deveria se encontrar no interior do Brasil. "




"Após exaustivas buscas através dos atuais estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Cabeza de Vaca foi forçado a interromper a procura, embora os silvícolas da região insistissem na informação de que Manoa se encontrava a apenas dez dias de distância. 


Febres tropicais, fome e temor dos indígenas levaram os soldados do aventureiro espanhol a se amotinarem, o que fez com que ele lamentasse, até o fim de seus dias, ter sido obrigado a regressar, estando tão perto de seu objetivo."





"As lendas acerca da cidade perdida, entretanto, persistiram pelos séculos à fora e, em 1753, chegou à Capital do Brasil colonial uma intrigante relação enviada por um bandeirante, descrevendo o encontro de ruínas de uma cidade, próxima a uma mina de prata abandonada."




 "A mensagem descrevia, ainda, as casas - todas de pedra -, uma estátua de basalto e a existência de uma tribo deíndios de pele clara que habitavam as cercanias da vila abandonada. 




Esse documento nunca foi levado muito a sério; permaneceu esquecido por muitos anos, encontrando-se, atualmente, na Biblioteca Nacional, catalogado sob o número 512.l"



"Podemos, ainda, adiantar que o primeiro mapa amazônico, confeccionado em bases reais, devido às explorações do missionário alemão Samuel Fritz, realizadas entre 1690 e 1691, apresentava ao norte do rio Amazonas uma indicação assás curiosa: a localização do lago "Parima", onde se situava a Vila Manoa d'El Dorado. "







"As descrições dos antigos exploradores e o manuscrito 512 fizeram com que o conhecido explorador inglês Percy Fawcett, coronel do Exército de Sua Majestade Britânica e que serviu por vários anos e diversos governos sul-americanos demarcando limites, resolvesse embrenhar-se pelas selvas brasileiras em busca de Manoa." 






"Certo de que alcançaria o sucesso esperado, Fawcett partiu de Cuiabá nos primeiros meses de 1925, acompanhado de seu filho Jack e do fotógrafo Raleigh Rimel. Em sua última carta à esposa, datada de 29 de Maio daquele ano, demonstrava um excesso de otimismo que contrastava com o temperamento britânico. "






"Em certo trecho, informava que um silvícola fizera-lhe uma surpreendente descrição de uma cidade no interior da floresta, existinto no local mencionado diversos edifícios de pedra, num dos quais se encontrava um espelho de cristal que, refletindo a luz, iluminava o interior da construção, sendo possivelmente um templo de adoração ao sol. 


Após essa carta, ninguem mais ouviu falar da pequena expedição."









Nenhum comentário:

Postar um comentário