quarta-feira, 4 de maio de 2011

MENTINDO ASSIM ELES NÃO VÃO PRO CÉU...

                                                        
O MAIOR ESPETÁCULO DO MUNDO


"Enquanto em Portugal ficamos à espera que alguém, entre Governo, Oposição e enviados do FMI, diga alguma coisa acerca dos "inevitáveis" sacrifícios dos próximos tempo, vamos pôr um ponto final na notícia da semana: a (nova) morte de Bin Laden.

Nos próximos tempos irão sair novos pormenores, disso não há dúvida: mas não vale a continuar a dedicar espaço a certas coisas, pois há assuntos mais sérios.


No entanto, temos de realçar um facto: os Estados Unidos estão numa evidente fase de declínio. Até bem poucos anos atrás, o assunto teria merecido bem outra atenção: uma planificação cuidadosa, o estudo dos pormenores, testemunhas, provas concretas embora falsas.

Desta vez, o enredo parece ter sido escrito depressa, por pessoas poucos preparadas, com pouco tempo para cuidar dos aspectos "secundários". Parece quase que tudo teve de ser executado da forma mais rápida possível, como a antecipar algo.




Antecipar o quê? Não sabemos, é apenas uma hipótese.


A reconstituição da morte de Bin Laden apresenta diversas inconsistências. A mais óbvia envolve a reconstrução da blitz e os termos do mandato.

Na passada Segunda-feira, o Pentágono admitiu que o objetivo da missão não era capturar Bin Laden vivo, mas mata-lo. Depois de algumas horas, a Casa Branca corrigiu o tiro, argumentando que as forças especiais foram obrigadas a mata-lo porque tinha oposto uma feroz resistência e estava bem protegido pelos seus guarda-costas.


Ontem, nova versão:


Osama Bin Laden não estava armado quando foi morto, disse aos jornalistas o porta-voz da Casa Branca Jay Carney. A mulher do líder da Al-Qaeda ficou ferida numa perna durante a operação levada a cabo pelas forças norte-americanas no Paquistão, mas não foi morta, como chegou a ser noticiado.

Isso significa que 79 soldados (e não 14 como tinha sido dito antes) das operações especiais, armados até a ponta dos cabelos, tiveram medo dum gesto repentino dum homem desarmado e não conseguiram captura-lo vivo.



                                                                                 Bin Laden morreu: Prova nº1

Interessante.
Interessante e lógico, considerado que era o homem mais procurado do mundo.

Naturalmente toda a história da esposa morta enquanto fazia de escudo humano foi inventada, mas estes são apenas detalhes do cenário principal, e interessam até um certo ponto.

Quem foi o responsável da operação em Washington?

Disseram que o presidente Obama tinha sido informado pelo chefe da CIA, Leon Panetta, com uma frase marcante: "Enemy Killed in Action", Inimigo Morto em Acção.

Só que depois saíram as fotos saíram de Hillary e Obama com o vice Biden enqaunto seguiam a operação ao vivo, em directa áudio e vídeo, através de uma câmera no capacete dum soldado.

Finalmente uma terceira versão: o Presidente seguiu o ataque apenas na fase final e a decisão de eliminar terá sido tomada pelo chefe da CIA, Panetta.

                                                    Bin Laden morreu:  PROVA Nº 2

A foto do inimigo morto é falsa, a maior potência do mundo não é capaz de fornecer uma só imagem, ou até um fragmento dela, que mostre a morte do inimigo público nº 1.

A Administração norte-americana está a debater se irá divulgar as fotografias do corpo de Bin Laden. As imagens serão a prova de que o líder da Al-Qaeda foi morto, mas também poderão exacerbar o antiamericanismo no mundo islâmico.

É uma piada? As alegadas imagens vão exacerbar o antiamericanismo? E a foto de Saddam Hussein enforcado, não exacerbaram ninguém? Ah, pois, neste caso a iniciativa foi apenas dum soldado, justo.

No entanto, a opinião pública é preparada:

Responsáveis do Governo norte-americano citados pela Associated Press adiantaram que, nas imagens que foram captadas, vê-se o líder da Al-Qaeda com o rosto deformado por um tiro na cabeça,

O rosto é "deformado", por isso não esperem de poder identificar com tanta facilidade o Senhor do Mal.

Já estão avisados. Será preciso confiar na opinião dos especialistas.

                                                    Bin Laden morreu: Prova Photoshop


"É ele, não há dúvida. O nariz é mais curto? Sim, mas foi a bala. Os lábios são diferentes? Sim, mas reparem no corte dos cabelos, é mesmo de Bin Laden, vê-se claramente. E depois já fizemos o teste do DNA, é ele."

O cadáver desapareceu e todos tentam encontrar uma explicação que não existe.

É dito: os outros Países árabes não aceitaram o corpo. Quais Países árabes? Alguém recebeu um pedido?

Então eis a sepultura segundo a tradição islâmica: o corpo é deitado no mar. Faltava só envolve-lo em carne de porco e molha-lo com whisky e o Alcorão teria sido respeitado até o fim.

Deve ser complicado mesmo apanhar o sol nas praias dos Países árabes, com todos os cadáveres que flutuam o cheiro deve ser terrível.

A ideia era não tornar o lugar do assassinato uma meta de peregrinos? E por isso forma feitos mais de 1.000 quilómetros para deitar o corpo no mar?

E que tal uma vala anónima, conhecida apenas pelos Americanos, que assim teriam tido o corpo à disposição para futuras eventualidades?

Ninguém pensou que sem um corpo alguém poderia argumentar que Bin Laden não foi morto (como já foi dito), pelo contrário, está vivo e continua a lutar contra os Americanos?

Ninguém pensou no perigo da criação dum mito?

E os media entraram em delírio.

Quem consultou as edições online dos diários no mundo, sobretudo as americanas, terá reparado: aparece uma versão, após poucas horas é substituída por outra, em contraste com a primeira, mas tudo bem, não há crise, tudo faz espetáculo.

Possível que não haja uma versão oficial do acontecido? Não, não há: que dizer, há, mas são várias, e são comunicadas "em prestações".

Neste circo mediático não podiam faltar as contradicções dos aliados.

O Presidente Asif Ali Zardari garantiu que as forças do Paquistão não participaram na operação em que foi morto Bin Laden, mas fontes dos serviços de informação paquistaneses dizem que esta não teria sido possível sem a sua colaboração. A operação está a ser um grande embaraço para o Paquistão.

O Paquistão participou? Não. Participou? Sim. E os Estados Unidos que dizem? Nada.

Que os amigos paquistaneses não fiquem preocupados, há lugar para tudo nestas reconstruções.

Obama:


“O fim dele deve ser bem acolhido por todas as pessoas se preocupam com a dignidade humana e a paz mundial. É o testemunho da grandeza da nação e da determinação do povo americano que será entregue para a posteridade."


Palavras do Nobel da Paz.

Mas agora, por favor, voltamos a falar de coisas sérias.



Ipse dixit.

Fonte: Público

http://informacaoincorrecta.blogspot.com/2011/05/o-maior-espectaculo-do-mundo.html

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