quarta-feira, 1 de junho de 2011

JUBILEU... NÚMEROS,DEUSES E DESTINOS

Nas tabuinhas sumérias tem escrito que para os deuses o número 12 era especial e foram eles que introduziram a contagem com base sexagesimal e cada um deles tinha um número que equivalia ao seu status dentro do panteão.
Abaixo, ZS nos conta um pouco sobre isso.


"Esses são os números com que estamos familiarizados decorrentes dos con­tos sumérios 
- os 12 do sistema solar e os 12 meses do calendário de Nippur; 
o sete como o número planetário da Terra (quando os anunnakis contaram do lado de fora) e de Enlil, como o Comandante da Terra; 
o 40, como o grau numérico de Ea/Enki.

O número 50 é também representado. 
Cinquenta, como o leitor já sabe, era um número com aspectos "sensíveis" 
- era o número do grau de Enlil e do grau substituto de seu suposto herdeiro, Ninurta;
de forma mais significativa, na época do Êxodo, denotava um simbolismo com Marduk e seus Cinquenta Nomes. 

Uma atenção especial é, portanto, invocada quando descobrimos que ao "50" foi concedido uma importância extraordinária 
—foi usado para criar uma nova Uni­dade de Tempo, o Jubileu de 50 anos.


Enquanto o calendário de Nippur era claramente adotado como o calendário pelos quais festivais e outros rituais religiosos israelitas deveriam ser cumpridos, regulamentações especiais eram ditadas para o 50 anos a ele foi dado um nome especial, o de Ano do Jubileu: "Um abençoado ano do Jubileu estará convosco" (Levítico, Capítulo 25). 
Em tal ano, liberdades sem precedentes deveriam ocorrer.

A conta­gem deveria ser feita contando o Dia da Expiação do Novo Ano por sete vezes em sete anos, 49 vezes. 


Em seguida, no Dia da Expiação, no ano seguinte, o 50S ano, a chamada da trombeta de um chifre de carneiro deveria ser soada por toda a terra, e a liberdade deveria ser proclamada para a terra e todos aqueles que nela moravam; 
as pessoas deveriam retornar às suas famílias; as propriedades deveriam ser devolvidas aos seus genuínos donos - todas as vendas de terra e de casas deveriam ser resgatáveis e desfeitas; os escravos (que eram tratados todo o tempo como ajudantes contratados!) deveriam ser soltos e a liberdade deveria ser dada à própria terra para que repousasse naquele ano.



Na mesma medida em que o conceito de "Ano de Liberdade" é novo e único, a escolha de 50 como uma unidade de calendário pode parecer algo estranho (nós adotamos cem - um século - como uni­dade conveniente de tempo). 

Logo, o nome dado para um ano uma vez a cada 50 anos é ainda mais intrigante. 

A palavra traduzida como "Jubileu" é originalmente Yovel na Bíblia hebraica, e significa "um carneiro". 
Portanto, podemos dizer que o que havia sido decretado era um "Ano do Carneiro", que deveria se repetir a cada 50 anos e ser anunciado ao soar de um chifre de carneiro. 

Ambas as escolhas de 50 para a nova unidade de tempo e seu nome trazem uma pergunta inevitável: haveria algum aspecto oculto nisso, relacionado a Marduk e à sua Era de Aries?


À medida que uma resposta clara não foi oferecida nesses capí­tulos bíblicos, não podemos evitar a busca por pistas, partindo de um ano-unidade significante e muito parecido no outro lado do mundo: não50, mas 52. 

Era o Número Secreto do deus mesoamericano, Quetzalcoatl, que, de acordo com as lendas dos maias e dos astecas, foi quem lhes trouxe a civilização, incluindo três calendários. 

Em Os Reinos Perdidos, identificamos Quetzalcoatl como sendo o deus egípcio Toth, cujo número secreto era 52 - um calendário baseado em números, que representava as 52 semanas de sete dias no ano solar.

O mais antigo dos três calendários mesoamericanos é conhecido como a Contagem Longa: contava o número de dias do "Dia Um", que os estudiosos identificaram como sendo 13 de agosto de 3113 a.C. 

Junto a este calendário contínuo e linear havia dois calendários cíclicos. 

O primeiro, o Haab, era um calendário de ano-solar de 365 dias, dividido em 18 meses de 20 dias cada, mais um adicional de 5 dias especiais no final do ano. 

O outro era o Tzolkin, um Calendário Sa­grado de apenas 260 dias, composto de uma unidade de 20 dias que se repetia 13 vezes. 


Os dois calendários cíclicos eram, então, mistu­rados, como duas engrenagens de rodas , para criar um Ciclo Sagrado de 52 anos, quando essas duas contagens retornavam aos seus pontos de partida comuns e as contagens recomeçavam.




Este "pacote" de 52 anos era a unidade de tempo mais impor­tante, porque estava ligada à promessa de Quetzalcoatl de que, em algum momento, deixou a Mesoamérica, para retornar no seu Ano Sagrado. 

Os povos mesoamericanos, portanto, costumavam se reunir nas montanhas a cada 50 anos para aguardar o prometido Retorno de Quetzalcoatl. 



(Em um determinado Ano Sagrado, 1519 a.C., um es­panhol barbudo de cara branca, Hernán Cortês, desembarcou na costa mexicana do Yucatan e foi bem recebido pelo rei asteca Montezuma, que acreditava que Cortês fosse o deus que havia retornado - um engano que lhe custou caro, como sabemos hoje.)


Na Mesoamérica, o "ano empacotado" servia como uma contagem regressiva para o prometido "Ano do Retorno", e a questão é: 
teria o "ano do Jubileu" a intenção de servir ao mesmo propósito?"

O FIM DOS DIAS
ZS



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