domingo, 28 de agosto de 2011

OURO 4/8


O OURIVES


"En­contrámos exemplos de transmissão iniciática entre os mineiros, os fundidores e os ferreiros; eles conservaram, no Ocidente, até à Idade Média e, noutras regiões do mundo, até aos nossos dias, o comporta­mento arcaico em relação às substâncias e aos metais.

As obras de metalurgia e de ourivesaria constituem uma prova sufi­ciente de que o homem das culturas arcaicas conseguiu conhecer e do­minar a matéria. "





"A gestação dos metais no seio da Terra obedece aos mesmos ritmos temporais que «ligam» o ho­mem à sua condição carnal e corrompida: apressar o crescimento dos metais através da obra alquimica. equivale a absolvê-los da lei do Tempo."


Elixir na Vida e  na morte

"O ouro e o jade, por participarem do principio cosmológico yang, preservam os corpos da corrupção.

«Se introduzirmos ouro e jade nos nove orifícios do cadáver, ele será preservado da putrefação», escreve o alquimista Ko Hung. E Tão Hung-Ching (século V) dá-nos os seguin­tes esciarecimentos:


«Se no momento da abertura de um antigo túmu­lo, o cadáver parecer estar vivo dentro dele, sabei que existe dentro e fora do corpo uma grande quantidade de ouro e de jade.

Segundo as regras da dinastia Han,os príncipes e os senhores eram enterrados com as suas vestes ornadas de pérolas e estojos de jade para preservar o corpo da decomposição .»


LONGEVIDADE



"Pela mesma razão, os recipientes de ouro alquimico têm uma virtude especifica: prolongam a vida infinita­mente.

Ko Hung escreve:

«Se fizerdes pratos e loiça desse ouro alqui­mico, e se comerdes e beberdes nessa loiça, vivereis muito tempo".

- O mesmo autor refere noutra ocasião:

«O homem verdadeiro faz ouro porque deseja, utilizando-o como remédio (ou seja, assimilan­do-o como um alimento), tornar-se imortal» .

Mas para ser efi­caz, o ouro tinha que ser «preparado», «fabricado».

O ouro produzido pêlos processos da sublimação e da transmutação alquímicas possuía uma vitalidade superior, através da qual se podia obter a imortalida­de."

Excertos do livro : Ferreiros e Alquimistas

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