Aniversário de 60 anos de guerra entre Coreias coincide com o agravamento do conflito
José Reisnoso
Em Pequim (China)
Luiz Roberto Mendes Gonçalve
Os governos de Seul e Pyongyang comemoraram na sexta-feira o 60º aniversário do início da Guerra da Coreia (1950-1953) com uma troca de acusações e advertências, em um dos momentos de maior tensão vividos pelos dois países desde que terminou o conflito.
O presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, pediu ao Norte que ponha fim a suas "imprudentes provocações militares e tome medidas para que os 70 milhões de coreanos possam viver juntos", e exigiu que se desculpe pelo afundamento de um navio de guerra do Sul em março passado, perto de águas em disputa entre os dois países, no qual morreram 46 marinheiros. Lee deixou claro, porém, que "o fim último não é o confronto militar, mas a unificação pacífica".
A visão de Pyongyang do conflito, que chama de Guerra de Libertação da Mãe Pátria, é muito diferente. A agência estatal KCNA divulgou na terça-feira um artigo intitulado "EUA, provocador da Guerra da Coreia", no qual se afirma que o confronto foi iniciado por Washington com um ataque de surpresa. A disputa, que deixou cerca de 3 milhões de mortos, terminou com um armistício que nunca se transformou em tratado de paz.
Coincidindo com o aniversário, a Coreia do Sul lançou um aviso de não navegação em uma área do mar Amarelo, na costa ocidental da península, entre os dias 19 e 27 de junho, que, segundo Seul, faz parte de manobras rotineiras. Pyongyang realizou a mesma advertência no passado antes de testar mísseis de curto alcance.
http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/06/26/aniversario-de-60-anos-de-guerra-entre-coreias-coincide-com-o-agravamento-do-conflito.jhtm
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